Web Summit – O balanço
Depois de 4 dias repletos de uma intensa vivença tecnológica, fazemos o balanço da Web Summit, terminada no passado dia 8 de Novembro, cuja audiência rondou as 70 mil pessoas.
Desde a edição do ano passado, muita coisa aconteceu, mostrando o dinamismo do sector tecnológico. Em 2017, estavam em voga as criptomoedas, a inteligência artificial ou os robôs, no entanto, durante este ano já houve o escândalo da Cambridge Analytica, o ataque ao Facebook e ao Google + e o mundo mudou.
Todavia, há, ainda, um largo caminho a percorrer em termos de desenvolvimento tecnológico e a prova disso são as centenas de ideias, apresentadas nesta última cimeira tecnológica, à procura de investimento e, desta forma, ganharem notoriedade e rentabilidade. Entusiasmo e motivação, foi aquilo que mais se respirou.
Desde António Guterres, passando por Tim Senders-Lee, foram muitos os pontos altos, nesta edição de 2018, da Web Summit.
Contudo, aquilo que mais se debateu na Web Summit, foram os desafios que o desenvolvimento tecnológico apresenta, ao invés das potencialidades. A ideia que ficou é a de ser necessário “ter mão” na tecnologia, não a travando, mas assegurando algum controlo.
Há pedidos de regulação às redes sociais ou mesmo a criação de um novo contrato, uma vez que há uso indevido das informações pessoais dos utilizadores para destabilizar eleições, minar as democracias ou criar notícias falsas.
Numa apresentação que atraiu o maior número de pessoas, o antigo director de pesquisa da Cambridge Analytica, Christopher Wylie, falou sobre a “colonização das nossas sociedades feita pelas grandes tecnológicas”.
A maior cimeira mundial de tecnologia, terminou com o apelo do Presidente da República – Marcelo Rebelo de Sousa – a mencionar que “ o digital é sobre liberdade, diálogo e tolerância. O desafio é usar a tecnologia para a paz, para a tolerância. Essa é a mudança”.
No próximo ano haverá mais!
Fonte: Imprensa Diária.